quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ofensas: quem sai mais prejudicado?


Rodrigo chegou da escola muito nervoso. Subiu para seu quarto, bateu a porta e se jogou na cama aos prantos. Seu pai, homem simples mas muito sábio, foi verificar o que tinha acontecido com o filho. Quando viu o menino chorando, sentou-se á beira da cama e perguntou o que de tão grave havia acontecido. O menino então desabafou dizendo:
-Foi o Maurício, pai, meu melhor amigo! Humilhou-me na frente de todos por causa do jogo de futebol. Eu estou com muita raiva! Tomara que ele fique doente e nunca mais possa ir á escola!
O pai calmamente pegou o filho pela mão e disse:
-Venha comigo, vamos fazer uma brincadeira.
O menino obedeceu. Foram até o quintal, perto da churrasqueira onde havia uma pilha de carvão. O pai então pediu ao filho que pegasse um por um daqueles carvões e tentasse atingir um lençol branco, que estava pendurado no varal a uma certa distância. O menino gostou da brincadeira e começou a atirar os pedaços de carvão em direção ao lençol. Quando terminou, havia muitos carvões espalhados pelo chão, porém pouquíssimos haviam atingindo o lençol que continuava estendido no varal. O pai pegou novamente o menino pela mão, levou-o até um espelho e perguntou como estava se sentindo. O menino, olhando-se no espelho, disse:
-Cansado e sujo.
Então o pai completou:
-Está vendo, meu filho? Ao atirar carvão no lençol, você se cansou, sujando muito mais a si mesmo do que ao lençol. Assim também é a raiva que você está nutrindo por seu amigo: trará mais prejuízo para você do que para ele.

Quando decidimos revidar as ofensas que recebemos, com certeza somos mais atingidos e prejudicados do que a pessoas que nos ofendeu.
As ofensas prejudicam muito mais a você do que ao outro.

Livre-se das formigas combatendo o formigueiro,


Um agricultor cultivava uma grande horta. Vendia legumes e verduras para toda a região e era muito conhecido pela boa qualidade de seus produtos. Um dia, durante a colheita, observou algumas folhas de alface picadas pelas formigas. Desesperado, chamou um biólogo para exterminá-las.
O especialista veio ao local, foi examinando toda a plantação até que chegou ao terreno vizinho. Parou, observou e concluiu:
-É exatamente aqui que precisamos combater as formigas.
-Mas como! Acho que o senhor está equivocado, pois é na minha horta que está o problema-exclamou o agricultor impaciente.
Calmamente o biólogo respondeu:
-Se eu conhecer apenas as formigas que estão na sua horta, logo aparecerão novas, pois o foco delas não está lá, mas sim no terreno ao lado. Porém, se eu exterminar o foco que se encontra no terreno vizinho, elas desaparecerão desta região... inclusive da sua horta.

Assim também é na sua vida. Quando algo não vai bem, de nada valerá cuiar dos sintomas se a causa não for combatida.

Cuidado para não se tornar uma carroça vazia.

Certa manhã o pai andava pelo bosque com seu filho e resolveu transmitir-lhe algumas lições de vida. Encostando-se numa árvore, olhou para o filho e perguntou-lhe o que estava ouvindo. Depois de fixar a atenção no lugar, o menino respondeu:
-Escuto o barulho do vento batendo nas folhas das árvores e o canto dos pássaros.
-Fora o barulho do vento e das aves, o que mais você escuta?-continuou o pai.
Após apurar bem os ouvidos, o menino comentou:
-Ouço também o barulho de uma carroça.
-Muito bem, é o barulho de uma carroça vazia-afirmou o pai.
O menino ficou surpreso! Como o pai podia afirmar que a carroça estava vazia sem nem mesmo vê-la? E foi o que lhe perguntou.
-É fácil perceber quando uma carroça está vazia pelo barulho que ela faz. Quanta mais vazia a carroça, maior o barulho. Assim também são as pessoas, meu filho-continuou o pai-Quanto mais barulhentas, isto é, quanto mais agridem os outros, falam muito e não param para escutar, mais vazias ficam de si mesmas.
O menino cresceu, guardando consigo esse ensinamento. Todas as vezes que se depara com pessoas inoportunas e agressivas, pensa: "São como carroças vazias."

Para não ser como carroça vazia, é necessário falar menos e escutar mais.